Maiakóvski
BLUSA FÁTUA
Costurarei calças pretas com o veludo da minha garganta e uma blusa amarela com três metros de poente. Pela Niévski do mundo, como criança grande, andarei, don Juan, com ar de dândi.
Que a terra gema em sua mole indolência: "Não viole o verde de as minhas primaveras!". Mostrando os dentes, rirei ao sol com insolência:"No asfalto liso hei de rolar as rimas veras!"
Não sei se é porque o céu é azul celeste e a terra, amante, me estende as mãos ardentes que eu faço versos alegres como marionetes e afiados e precisos como palitar dentes!
Fêmeas, gamadas em minha carne, e esta garota que me olha com amor de gêmea, cubram-me de sorrisos, que eu, poeta, com flores os bordarei na blusa cor de gema!
Poema: Maiakóvski
Tradução de Augusto de campos
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- Chegue diante do quadro sem intenção preconcebida de sarcasmo.
- Olhe para a pintura do mesmo modo como olharia para uma pedra talhada. Aprecie as facetas, a originalidade da formam, a luta com a luz, a disposição da linha e das cores [...]
- Escolher um detalhe que seja a chave do conjunto, fixá-lo por um bom tempo, e o modelo surgirá.
- Nessa última comparação, deixar-se levar até as regiões da mais requintada Alusão.
Max Jacob
Que os vasos se comuniquem!