sábado, 5 de abril de 2008

Blusa Fátua


Maiakóvski



BLUSA FÁTUA


Costurarei calças pretas com o veludo da minha garganta e uma blusa amarela com três metros de poente. Pela Niévski do mundo, como criança grande, andarei, don Juan, com ar de dândi.
Que a terra gema em sua mole indolência: "Não viole o verde de as minhas primaveras!". Mostrando os dentes, rirei ao sol com insolência:"No asfalto liso hei de rolar as rimas veras!"
Não sei se é porque o céu é azul celeste e a terra, amante, me estende as mãos ardentes que eu faço versos alegres como marionetes e afiados e precisos como palitar dentes!
Fêmeas, gamadas em minha carne, e esta garota que me olha com amor de gêmea, cubram-me de sorrisos, que eu, poeta, com flores os bordarei na blusa cor de gema!


Poema: Maiakóvski


Tradução de Augusto de campos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

- Chegue diante do quadro sem intenção preconcebida de sarcasmo.

- Olhe para a pintura do mesmo modo como olharia para uma pedra talhada. Aprecie as facetas, a originalidade da formam, a luta com a luz, a disposição da linha e das cores [...]

- Escolher um detalhe que seja a chave do conjunto, fixá-lo por um bom tempo, e o modelo surgirá.

- Nessa última comparação, deixar-se levar até as regiões da mais requintada Alusão.

Max Jacob


Que os vasos se comuniquem!

Related Posts with Thumbnails