domingo, 12 de outubro de 2008

Distorção em notas jogadas ao desconhecido

A chama da vela dança em meio à escuridão.
As cadeiras sentadas em silêncio observam o espetáculo.
O cinzeiro é acariciado por uma bituca de cigarro.
A porta não mais trancada se abre pelos fundos e dela surge passos rápidos.
As cadeiras rompem seu silêncio e gritam ao se jogarem ao chão.
A porta à pouco aberta se fecha com força apagando as velas com seu vento, com o tempo, com o tormento de mais uma noite em claro no escuro.



Juan Moravagine

3 comentários:

  1. Tem alguém nessas cadeiras? rsrs

    Kelly

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  2. O vento sopra... só ele sabe para onde vai...

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  3. "Esse carro que não quer mais andar,
    Essa noite que não quer terminar,
    Onde está você meu amor,
    Eu preciso se um pouco de calor"

    Nell

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- Chegue diante do quadro sem intenção preconcebida de sarcasmo.

- Olhe para a pintura do mesmo modo como olharia para uma pedra talhada. Aprecie as facetas, a originalidade da formam, a luta com a luz, a disposição da linha e das cores [...]

- Escolher um detalhe que seja a chave do conjunto, fixá-lo por um bom tempo, e o modelo surgirá.

- Nessa última comparação, deixar-se levar até as regiões da mais requintada Alusão.

Max Jacob


Que os vasos se comuniquem!

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