Tabuleiro trincado
Borboletas gritam
As serpentes rastejam
Os móveis se aconchegam
Suspiros dentro de um útero furado
Biscoitos escorregam devido ao sebo nas paredes
As torneiras estão abertas e o porão está molhado
Os cachorros brincam em volta da mesa
Moscas correm pelos corredores
Idosos cospem suas dúvidas por todos os lados
Enquanto os vazamentos levam suas certezas
Pedaços de mente vagueiam por um túnel iluminado
Arcanjos amordaçados transpiram suor sangue
A temperatura está abaixando enquanto os sinos tocam
Uma virgem sonha com os toques de seu amante
A viagem está se iniciando
Pílulas brancas constroem o percurso
O comandante grita anunciando a partida
Marujos correm para seus postos
Deixando para trás fadas acorrentadas
O crepúsculo renasce rachado diante da Ágora habitada
Por jogadores,
Devedores,
Prostitutas e assaltantes de capelas e supermercados
Todos estão confusos diante dos doentes achatados
Que embarcaram em última hora
No cais à batida dos tambores aumentam enquanto alguns festejam
A partida do navio marcado
O mar corresponde, ventos acordam
A tempestade está aumentando
As crianças gritam em despedida
Os pais marginalizados respondem com acenos
O ritual recomeça
Sem que ninguém perceba
As serpentes rastejam
Os móveis se aconchegam
Suspiros dentro de um útero furado
Biscoitos escorregam devido ao sebo nas paredes
As torneiras estão abertas e o porão está molhado
Os cachorros brincam em volta da mesa
Moscas correm pelos corredores
Idosos cospem suas dúvidas por todos os lados
Enquanto os vazamentos levam suas certezas
Pedaços de mente vagueiam por um túnel iluminado
Arcanjos amordaçados transpiram suor sangue
A temperatura está abaixando enquanto os sinos tocam
Uma virgem sonha com os toques de seu amante
A viagem está se iniciando
Pílulas brancas constroem o percurso
O comandante grita anunciando a partida
Marujos correm para seus postos
Deixando para trás fadas acorrentadas
O crepúsculo renasce rachado diante da Ágora habitada
Por jogadores,
Devedores,
Prostitutas e assaltantes de capelas e supermercados
Todos estão confusos diante dos doentes achatados
Que embarcaram em última hora
No cais à batida dos tambores aumentam enquanto alguns festejam
A partida do navio marcado
O mar corresponde, ventos acordam
A tempestade está aumentando
As crianças gritam em despedida
Os pais marginalizados respondem com acenos
O ritual recomeça
Sem que ninguém perceba
Poema: Juan Moravagine Carneiro
Imagem: Soutine
Surreal demais para mim... biscoitos que escorregam de paredes e uteros furados...
ResponderExcluirMas admito que ninguém escreve como vc.
Só gostaria de entender...ou não é para ser entendido sob a perspectiva que o imaginário popular considera "entender"? :p
Bjs.
"Uma virgem sonha com os toques de seu amante"
ResponderExcluirrsrs
De repente essa frase tem outro sentido agora..rsrs
:p
Todos se preparando para embarcar ao reino de Ades, pais marginalizados foi a pista que me deu.
ResponderExcluirAbraços
aurasacrafames.blogspot.com
O poeta coloca vida e sentido nas coisas...ou as tira, conforme sua sensibilidade...e transforma os momentos mais tépidos em inesquecíveis...
ResponderExcluirJá havia lhe dito que achei esse quadro meio macabro,nada contra é só uma observação.
ResponderExcluirO texto me inspirou a pintar um quadro bem incomum depois lhe conto os detalhes...quando li o texto viajei para um lugar escuro onde a dor era o sentimento predominante,escutei gritos e susurros vindos de longe como um pedito de socorro,não existia mais esperança,e a solidão era a tortura dos homens...
Achei muito triste o texto...
Te adoro se cuida, A felicidade existe mas não temos que esperar ela chegar e sim correr atrás...
Vc mora no meu coração
Nell
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirÉ estranho... não consigo ler com luz o q escreve, mas ao mesmo tempo faz agente ir para um lugar completamente desconhecido porém sem surpresas, tudo é muito real.
ResponderExcluirÉ muito bom... refletir!!! Vc faz isso, tem o poder de abrir nossa mente de uma forma impressionante!
Lindo...
Beijos...