domingo, 4 de janeiro de 2009

Vocês me transformaram em uma bomba humana


Em função dos atuais acontecimentos que estão ocorrendo na Palestina, este blog por tempo inderteminado ficará sem novas postagens, e quando as tiver seram no âmbito da problemática em torno da presença de Israel na Faixa de Gaza. Onde sabemos que está mesma presença é de cunho fascista e belicista onde elementos secundários são usados pelos grandes meios de comunicação para encobrir à verdade em torno destes ataques que já duram decádas.

(Deixamos claro também que nossa repulsa é ao estado de Israel e naõ hás pessoas que lá residem), o presente texto que naõ tem autoria é de um palestino que descreve o lado que a grande mídia naõ apresenta. Logo quando vocês estiverem em suas salas assistindo os noticiários que colocam o Hamas como grupo terrorista e o estado de Israel apoiado pelos EUA como aqueles que lutam contra o "mal", lembre-se deste texto e de que o povo palestino sofre.




Um grito desesperado da Palestina ocupada




Imagem: BBC




"Eu sou o produto da vossa tirania. Vocês dividiram o meu país em pequenos espaços que não passam de guetos e campos de concentração. Cortaram minha água, deixaram meu povo sedento embora os israelenses se banhem em piscinas não muito longe de onde vivo. Arrancaram nossas árvores, profanaram nossos campos para impedir que nos alimentemos.
Cortaram o abastecimento de remédios para não tratarmos os feridos. Vocês prendem os palestinos para impedir que eles cheguem aos postos médicos e recebam tratamento, transformaram minha gente em vossas vítimas, morrendo em vossas fronteiras improvisadas.
Vocês assassinam meu povo dizendo ao mundo que estão se defendendo. Atiram até nas crianças que, cheias de ânimo e valentia, atiram pedras – em nome da liberdade - contra o vosso sofisticado exército.
Vocês torturam as crianças e os prisioneiros, insistem em obrigar e subornar minha gente para que sejam espiões e denunciem uns aos outros. Demoliram nossas casas e impedem que ganhemos a vida. Matam meu povo por controle remoto desde os helicópteros Apache norte-americanos, e seus colonos ocupam as poucas terras que nos roubam, atiram bombas em nossas ruas e atacam nossas crianças e nossas mulheres com armas de fogo, facas e ódio racial.
Vocês ocupam minhas terras, e nas colinas manchadas de sangue posicionam vossos tanques e veículos blindados para disparar contra as crianças que brincam nas ruas.
Vocês se apoderaram da "Casa Oriente", meu único símbolo da liberdade, doado por um homem que vale mais que todos os israelenses juntos, nestes tempos que deixam os órfãos passando fome do outro lado da rua.
Vocês explodiram nossos depósitos de água, e matam os policiais palestinos cuja única missão é patrulhar as ruas ou simplesmente tomar a última ceia, nesses momentos que vocês promovem brutais massacres. Vocês cortaram a eletrecidade para poder assassinar mais facilmente nas trevas das vossas escuras traições.
Vocês são covardes e tem medo de crianças palestinas que atiram pedras. Nunca os matam à sós. Vagam em grupos como uma matilha de cães selvagens piores que bestas.
Vocês arrebataram toda a esperança, que encurralaram em uma esquina e me roubaram tudo que é humano. Só me resta reagir com raiva e amargura.
Visto meu corpo com explosivos e busco um lugar onde me detonar. E se mato aos vossos cidadãos, porém este é o preço que vocês tem que pagar por negar os meus direitos, os direitos próprios de todos os seres humanos que anularam com satânica opressão exercida sobre minha gente.
A verdade é que tudo é muito sensível. Deus criou todos os homens iguais, e nenhum é melhor que o outro, mas vocês decidiram que os judeus sionistas são melhores que os demais e que tem o direito de invadir terras cometendo roubos e violações, esperando que nos céus sejam agradecidos.
Dias atrás um jovem estava almoçando. Um dos vossos colonos vindo da América atirou uma bomba incendiária na casa desse jovem, Seus irmãos morreram no ato. Porém ele sobreviveu horrivelmente desfigurado. Seu nome: Amar Emeera. Suas cicatrizes transformaram um lindo jovem em um ser grotesco que nem ao menos parece humano. Que fez este jovem para ir pela vida dessa maneira?
Vocês atiram até nos recém nascidos que estão nos braços de seus pais em carros palestinos. Matam crianças palestinas no caminho da escola, matam crianças que enfrentam o vosso exército com as mãos vazias. A um desses meninos, Mohamad Abu Arrar mataram por protestar contra a invasão de sua terra. Os familiares desse jovem beijavam seu corpo sem vida enquanto era levado à Faixa de Gaza para ser enterrado.
Vocês matam os pais palestinos desarmados que vão às papelarias comprar livros e cadernos para a escola de seus filhos. Já não tem desculpas para suas atrocidades que seguem cometendo. Bombardeiam as casas das famílias palestinas matando seus ocupantes dizendo que eram extremistas palestinos; apesar das casas estarem distante do cenário das lutas, apesar dos restos das bombas feitas na América estarem entre os escombros das casas demolidas.
Vocês estão castigando sem piedade a 3 milhões de palestinos, a metade dos quais são crianças que vivem nos escassos restos de sua própria terra. E vocês sabem muito bem que seu único desejo é livrar-se de vossa bárbara crueldade.
Vocês dizem ao mundo que querem a paz em cada lugar, em cada instante, porém estão tão longe da paz como a terra estaria de um universo que viajasse na direção contrária.
Vocês falam de paz com línguas venenosas dos vossos líderes belicistas, e pretendem se surpreender quando uma bomba humana palestina decide explodir.
Porém nós sabemos que vocês só estarão a salvo das ameaças de bombas humanas quando buscarem a paz justa e compreensiva, e quando colocarem fim à invasão de terras dos habitantes nativos da Palestina.



Autor desconhecido. Extraído de http://www.poetas.com/

Um comentário:

  1. Há muitos anos esse povo vive desta forma, e essa realidade não é divulgada...É incrível, como tantas pessoas são enganadas a respeito do que se passa por lá...
    Vou aproveitar para divulgar este blog, com a finalidade de levar informações aos que não tem...

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- Chegue diante do quadro sem intenção preconcebida de sarcasmo.

- Olhe para a pintura do mesmo modo como olharia para uma pedra talhada. Aprecie as facetas, a originalidade da formam, a luta com a luz, a disposição da linha e das cores [...]

- Escolher um detalhe que seja a chave do conjunto, fixá-lo por um bom tempo, e o modelo surgirá.

- Nessa última comparação, deixar-se levar até as regiões da mais requintada Alusão.

Max Jacob


Que os vasos se comuniquem!

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