quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Festas?!...

I. "As origens" e as "farsas" e os "medos"

As gaiolas foram abertas e animais de estimação são soltos acompanhados de suas mutilações em uma reunião familiar.

As taças cheias são levantadas em comemoração na ceia de origem pagã! Discursos são ouvidos em uma mesa em outro cômodo onde sentinelas a serviço do grande irmão trocam confidências com os agentes da ordem de cristo contemporânea.
Cristo este que antropologicamente está fatiado na mesa sendo servido aos presentes.

As risadas ouvidas são de Voltaire e não de Rebelais muito menos de Marquês de Sade, são alimentadas pelo vazio e pela certeza de que suas únicas certezas estão fincadas no vazio e no nada, existentes no âmbito de cada um.

A presença mesmo na ausência do cadáver celebrado e fatiado todos os anos!

... No inicio festa pagã... Hoje uma comemoração a uma celebridade guardada em palanques de mentiras regidos por figuras do barroco.

A noite chega perto do fim

As virgens não correm mais o risco de receber à visita do arcanjo Gabriel... Pois de acordo com os noticiários já se sabe que o amigo íntimo de Maria e João está a par das novidades depois de uma conversa com La Rochelle.
Segundo as mesmas fontes Rochelle teria dito as seguintes palavras a Gabriel: “Que adianta a virgindade do corpo se já não existe a virgindade do espírito. Que adianta o amor do espírito se não existir o amor da carne”.

Agora que na noite gasta pelo tempo o eclipse se aproxima e com ele o vôo dos pássaros mudos e mutilados, as gaiolas são mais uma vez fechadas, aos que não tiveram chance de sair desta vez no próximo ano haverá outra chance.

Em troca de mutilações e de cantos censurados é claro!


Juan Moravagine Carneiro


Este poema já têm um tempo, mas sempre me recordo dele nesta época!

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- Chegue diante do quadro sem intenção preconcebida de sarcasmo.

- Olhe para a pintura do mesmo modo como olharia para uma pedra talhada. Aprecie as facetas, a originalidade da formam, a luta com a luz, a disposição da linha e das cores [...]

- Escolher um detalhe que seja a chave do conjunto, fixá-lo por um bom tempo, e o modelo surgirá.

- Nessa última comparação, deixar-se levar até as regiões da mais requintada Alusão.

Max Jacob


Que os vasos se comuniquem!

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