Nada me diverte como a prova de excesso de fanatismo e imbecilidade a que os homens puderam chegar no que diz respeito a esse ponto; (religião), são essas espécies de desvios tão protigiosos que o quadro, na minha opinião, ainda que horrível, é sempre interessante.
Responde com franqueza, e principalmente, bane o egoísmo.
Se eu estivesse bastante fraco para deixar-me surpreender por teus ridículos sistemas sobre a existência fabulosa do ser que torna a religião necessária, sob que forma me aconselharias a oferecer-lhe um culto? Desejarias que eu adotasse os desvaneios de Confúcio em vez dos absurdos de Brahma; adoraria eu a grande serpente dos negros, o astro dos peruanos ou o deus dos exércitos de Moíses, a qual das seitas de Maomé desejarias que eu me rendesse, ou qual heresia de cristãos, seria, na tua opinião, preferível? Toma cuidado com tua resposta.
SADE, Marquês. Diálogo entre um padre e um morimbudo, em Discursos ímpios , Ed. hedra. 2007.
olha lá no Mariah um texto sobre "instiuições"...
ResponderExcluirmariah
esse texto me lembrou de um discurso...
ResponderExcluirlá no filme Insanidade, do surrealista Jan Svankmajer.