"...Você me faz tremendamente feliz em manter-me como um todo - em deixar-me ser o artista, como foi, e no entanto não me adiantar ao homem, o animal, ao amante ávido e insaciável. Nenhuma mulher mulher jamais me concedeu todos os privilégios de que preciso - e você, ora você canta tão jovialmente, tão arrojadamente, com um riso até - sim, você me convida a ir em frente, a ser eu mesmo, a me aventurar a tudo. (mesmo sem você saber disso). E eu a adoro por isso.
É onde você é verdadeiramente real, uma mulher extraordinária. Que mulher você é! Rio para mim mesmo agora quando penso em você (e das chances desperdiçadas) - Hoje não tenho mais medo de sua feminilidade. E de que ardeu. Então lembro-me vividamente de seu vestido, da cor branca dele, da textura dele, a voluptuosidade, a leveza dele - precisamente o que eu lhe teria pedido para usar se tivesse podido..."
"...Amanhã esquecerás
que eu te pus num pedestal..."
"...Mas eu lhe advirto, não sou nenhum anjo. Penso principalmente que sou um pouco bêbado. Eu a amo..."
"...Vejo seu chapéu machado e o furo no casaco...Um outro dia isto me teria sensibilizado, mas hoje percebo que é uma pobreza intencional, calculada, proposital, causada pelo desdém dos burgueses que seguraram a bolsa com cuidado..."
(Recortes e fragmentos de Maiakóvski, Anaïs Nin e Henry Miller).
Nenhuma mulher mulher jamais me concedeu todos os privilégios de que preciso - e você, ora você canta tão jovialmente, tão arrojadamente, com um riso até - sim, você me convida a ir em frente, a ser eu mesmo, a me aventurar a tudo. (mesmo sem você saber disso). E eu a adoro por isso.
ResponderExcluir(Suspiro)
[...]Por vezes ele salta, a ponto de querer sair dançando por aí. Mas volta a se aquietar, em devido lugar, sem estar certo de que aquele ímpeto tivera sido impulsionado por um motivo real[...]
ResponderExcluirTrecho de um texto ainda não escrito.
P.S.: Pode sofrer alterações.
Agora sim. Trecho do texto "Esse Displiscente!", de uma tal de Sophia...
ResponderExcluirrsrs
quanta informaçã num texto só...
ResponderExcluirvocê continua "complexo" e muitas vezes "hermético" (para mim)...
mas te sigo, tentando aprender...
Sophia minha amiga eu particulamente acredito que em certo sentido damos muito importância ao "real". Partindo do ponto de vista de que para o nosso cérebro o que pensamos e o que enxergamos fazem parte de um mesmo processo, logo a realidade é o que pensamos dela e não necessariamente o que ela é.
ResponderExcluirSendo assim eu não considero algo que não vivi no sentido "fisico" inferior em relação a algo que vivi.
Mas a realidade não é uma idéia do que poderia ser, sendo assim, necessitamos saír pela vida e dançar com ela se faz necessário. Mas sem deixar de alimentar a possibilidade de reviver algo do passado.
Costumo dizer que minha ausência sempre esteve presente em vários lugares e certas "ausências" de certa forma se fazem mais vivas que muitas "presenças" para mim!
Mariah como sempre você simpática! Edward Said diz que a cultura nunca é pura e isolada, pelo contrário, são vasos comunicantes, sendo assim fico feliz que que seja possível o diálogo entre nossos respectivos espaços.
ResponderExcluirDevo confessar que me simpatizo com a Hermenêutica pois acredito não haver uma verdade absoluta...a mesma diz basicamente que não há pensamento sem discurso, logo mesmos recortes como o aqui presente neste post traz um discurso em seu cerne. Aliás você conhece certa "janela" que alimentou ou alimenta muito dos meus discursos até hoje.
até
Entendi. E sei muito bem que o não vivido no sentido físico pode ser bem melhor do que o vivido, por vezes. Prova viva!
ResponderExcluirMas não foi isso que quis dizer... Estava falando sobre quase ser movida por motivos equivocados.
De qualquer forma, serviu de inspiração.