sábado, 10 de abril de 2010

Pesadelos de Diane Di Prima parte final!

"...Fui ao pronto socorro. Torci o pé disse.

Qual é seu nome disseram e a idade e quanto ganha e quem é o dentista de sua família.
Respondi e disseram para esperar e eu esperei e êles disseram pode entrar e eu entrei...

Abra o ôlho disse o médico você têm alguma coisa na vista.
Eu torci o pé disse.
Abra o ôlho disse êle e eu abri e êle tirou o globo ocular e lavou-o na pia.

Toma disse êle e ponha-o no lugar sente-se melhor não é verdade.
Creio que sim disse. Está tudo escuro nõa sei. Torci o pé disse.
Pisque por favor disse êle uma de suas pálpebras está solta.

Acho que disse que tem alguma coisa errada com meu pé.

Ah disse êle. Talvez você tenha razão. Vou amputá-lo.

Pesadelo 12 de Diane Di Prima


"...Dói ser assassinado..."

Pesadelo 13 de Diane di Prima

4 comentários:

  1. Pobre mulher atormentada por pesadelos tão terríveis que sinto como se estivesse dentro do livro que deu origem à série "Jogos Mortais"!!! =3

    Nunca tinha ouvido falar da Diane Di Prima. Já procurei por ela no Google e agora tenho um olhar. Agradeço pela introdução e beijo-te com carinho. Sempre.

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  2. cara, que interessante esse post ^^


    mais então, gostou dos poetas desconhecidos?

    uma amiga costuma dizer que lá, no reino das palavras ela encontra coisas jamais vista em outro canto.

    deve ser bom, não é? rs

    acho que sim ^^

    beijo,
    e uma boa noite!!!!!!

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  3. Juan, ser assassinado por dentro é inexplicável, mas 'não sei o que mais me dói
    ... se ter me perdido de mim (em algum lugar do dolorido caminho)sem saber aonde me achar
    ... ou ter encontrado e não saber dizer aonde me explico, que às vezes tenho medo. Deixo de ter, como agora, quando o vento cessa e o sol volta a bater nos verdes. Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo. Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente. E eu me pergunto
    se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim'.

    Abreu, Caio e Abreu, Ana Paula

    [?]

    Abraços!

    Priscila Cáliga

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  4. Dr. Kruegrer vibrou a cada linha. É tão difícil se despedaçar quando existia contorno, forma. Tão violento que só sobra o fantasma e a dor por igual.
    Bj.

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- Chegue diante do quadro sem intenção preconcebida de sarcasmo.

- Olhe para a pintura do mesmo modo como olharia para uma pedra talhada. Aprecie as facetas, a originalidade da formam, a luta com a luz, a disposição da linha e das cores [...]

- Escolher um detalhe que seja a chave do conjunto, fixá-lo por um bom tempo, e o modelo surgirá.

- Nessa última comparação, deixar-se levar até as regiões da mais requintada Alusão.

Max Jacob


Que os vasos se comuniquem!

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