A fumaça rasteja pela manha adormecida
O sopro vomita a boca do infinito
A garganta presa se deita no leito dos miseráveis.
A música balança os pensamentos castrados pela infância
Os olhares permanecem distantes
As vozes se confundem nas batidas de lembranças imperfeitas
As lagrimas banham a realidade...
As buscas terminam ao lado de mais um coração despedaçado
As pernas cruzadas não mais querem a realidade
Pois o descaso e a insegurança castraram uma possível masturbação matinal.
Mais uma rolha escorre pelo chão molhado pelas lagrimas de uma virgem estuprada pela indiferença dos desconhecidos do tempo
Sento em uma cadeira qualquer e observo que o mundo, que as pessoas não mais se deparam com o desconhecido.
O sol rasteja ao meu lado enquanto lambo a boca gasta de um cotidiano podre, alimentado pelo calor vencido.
Buscando novas respostas e caminhando em novos rumos, raspei o fundo deste mesmo sol e com seu resto reescrevi minha história, recheada de lagrimas alheia.
Meu hálito tem o cheiro de um mar inquieto.
Meu sopro vem de longe, vem do meio do deserto de concreto camuflado dentro de um corpo ausente
Poema: Juan Moravagine Carneiro (Reeditado)
Imagens: Obras de um dos maiores artistas pelo qual já me deparei (Lucian Freud)
As pernas cruzadas não mais querem a realidade
Pois o descaso e a insegurança castraram uma possível masturbação matinal.
Mais uma rolha escorre pelo chão molhado pelas lagrimas de uma virgem estuprada pela indiferença dos desconhecidos do tempo
Sento em uma cadeira qualquer e observo que o mundo, que as pessoas não mais se deparam com o desconhecido.
O sol rasteja ao meu lado enquanto lambo a boca gasta de um cotidiano podre, alimentado pelo calor vencido.
Buscando novas respostas e caminhando em novos rumos, raspei o fundo deste mesmo sol e com seu resto reescrevi minha história, recheada de lagrimas alheia.
Meu hálito tem o cheiro de um mar inquieto.
Meu sopro vem de longe, vem do meio do deserto de concreto camuflado dentro de um corpo ausente
Poema: Juan Moravagine Carneiro (Reeditado)
Imagens: Obras de um dos maiores artistas pelo qual já me deparei (Lucian Freud)
Inquietantes: poema e imagens. Muito bons!
ResponderExcluirBeijo.
E
ResponderExcluirOs olhares permanecem distantes
Qui puxa - diria o dono do Snoopy.
O neto do Tio Freud é muito bom mesmo.
Sempre tem uma cadência musical no que você escreve, seja um poema, um conto ou uma crônica. Pode ser que isso decorra da minha paixão pela música, que me faz vê-la em todos os espelhos ou pelo fato de você também ser tão musical assim.
ResponderExcluirmar inquieto! mt bom!
ResponderExcluire corpo ausente contrasta com esses corpos tão presentes pintados pelo freud do freud do freud.
e a lupe foi professora da ECA- USP, poetisa!
bjs
Que maravilha rapaz!
ResponderExcluir"O sol rasteja ao meu lado enquanto lambo a boca gasta de um cotidiano podre, alimentado pelo calor vencido."
Fui lendo e tudo foi desmanchando a minha volta. Você conduz nosso pensamento de forma muito interessante!
(As imagens então... nossa!)
Forte abraço!
É uma fazenda virtual que algumas pessoas "cultivam" no facebook e orkut.
ResponderExcluirVocê usa expressões contundentes, gosto muito...
ResponderExcluirAbraços
Lágrimas e chuva molham o vidro da janela mas ninguém me vê (8)
ResponderExcluirUm beijo =*
Ambiente escuro onde as palavras são lanternas que nos conduzem a portas-por-abrir. Belíssimo, Juan.
ResponderExcluirUm abraço!
E perdidos continuamos a caminhada! Sempre perdidos e alheios a nós mesmos e ao pranto terceiro! Intensa e instigadora poesias! Minha admiração!
ResponderExcluirAbraço!
Muito bom casamento entre as imagens e o poema!
ResponderExcluir''Meu hálito tem o cheiro de um mar inquieto.''
Poesia forte, imagens de cortar arespiração.
ResponderExcluirJuan....
ResponderExcluirMuitas saudades...e pouco tempo!!
Apareça quando puder!!
Um beijo...
Ahh: extendo o convite ao café...sempre!
Mell
Maravilhoso, intenso, forte e rico de imagens. Gosto dos verbos que tecem o teu texto.
ResponderExcluirBeijo, Juan