O sol quente banha o asfalto
O sapato furado ainda resiste à jornada
Os olhares são de indiferença
O cigarro de palha na boca faz o tempo passar...
As lembranças se acomodam nos bolsos
A garrafa vazia no bolso do paletó dorme sozinha
A garganta seca do andarilho faz companhia ao estômago abandonado
Mais uma cidade se aproxima
E o olhar do andarilho avista no horizonte...
Texto: Juan Moravagine Carneiro
Imagem: Trabalho do maravilhoso Suehiro Maruo (Sem sombra de dúvida está entre os que mais admiro)!
Os andarilhos existirão sempre.basta uma alma desassossegada que uma estrada será sempre inventada e "o sapato furado ainda resiste *a jornada". o que interessa
ResponderExcluiré mirar novos horizontes.conhecer outros lugares, outras pessoas não aquelas que o miram indiferentes). e ainda bem que é assim.
abraço
Esse texto me fez engolir a seco. Muito bom!
ResponderExcluirBeijo.
O olhar avista...
ResponderExcluirAs lembranças se acomodam...
[...]garganta seca faz companhia ao estômago...
Adoro isso! Sonoro, intenso...
encontramo-nos
ResponderExcluirnas curvas do
nosso cansaço,
embebidos
no vagar turvo
do nosso delírio,
olhar apalpa
outro olhar,
pelas palavras,
uma sobrepele
ganha uma
sobrevida
...
(♥)
Este é o melhor momento: o horizonte se descortinando!!!
ResponderExcluirAbraços,
Tânia
como sempre, deliciei-me com seu poema! Esse último tá demais! Fazer do regaço uma desmedida amplidão.
ResponderExcluirEstou de casa nova e espero sua visita, meu endereço agora é
http://rasurassobreviventes.blogspot.com
BeijooO* te aguardo!
sinto falta do cigarro q faz o tempo passar, mas os novos horizontes são melhores...
ResponderExcluirolhares de indiferença...
ResponderExcluirgostei demais das ilustrações.
abraços meu caro.
Incrivel como gosto de passar aqui!
ResponderExcluirUm abraço meu!
perfeito ... :)
ResponderExcluirJuan,
ResponderExcluirO blog Homens Hediondos lhe convida para fazer parte de sua troupe. A intenção é tentar fazer e expôr literatura de fôlego e de qualidade na blogosfera.
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Homem Hediondo n° 5
Germano Viana Xavier
A VIDA DOS CAMINHANTES É ASSIM MESMO...COM SAPATO FURADO OU NÃO...O CAMINHO É PARA A FRENTE...DEIXEM-NOS IR...
ResponderExcluirBEIJO
Esse texto é fenomenal
ResponderExcluirGostaria de ter um estômago abandonado :)
ResponderExcluirJuan...
ResponderExcluirUm dos melhores que li de seus textos até hoje...
Sem fôlego, sem ar, sem palavras!!!
Apareça no Pensamento!
Saudades suas!
Mell
Rafael,
ResponderExcluir"a vida humana – na verdade, toda a vida – é poesia. Nós a vivemos inconscientemente, dia a dia, fragmento a fragmento, mas, na sua totalidade inviolável, ela nos vive.
Anaïs Nin
Perfeito. Suas palavras causa um silêncio gritante, que é de profundo respeito.
Abraços ave rara.
Priscila Cáliga
Rafael, retorno para partilhar um trecho do Livro: Correspondência Amorosa.
ResponderExcluir"Nunca te vi, que não tivesse o desejo de te rezar. Nunca te ouvi, que não tivesse o desejo de acreditar em ti. Nunca te esperei, sem o desejo de sofrer por ti. Nunca te desejei, sem ter também o direito de me ajoelhar à tua frente. Sou para ti como o bastão para o caminhante, mas sem te apoiara. Sou para ti como o cetro é para o rei, mas sem te enriquecer. Sou para ti como a última pequena estrela é para a noite, ainda que a noite mal a distinguisse e ignorasse a sua cintilação".
Abraços.
Priscila Cáliga
eis um blog da mais alta qualidade devido aos seus escritos e imagens.
ResponderExcluirabs
Tenho a sensação de que não tenho passado, todo dia que acordo...
ResponderExcluirEsse texto me fez pensar nisso
Andarilhar nos faz ver diversos horizontes e sentir bem dentro o que é sermos nós mesmos. Acho que tô precisando de um gole disso... rsrs
ResponderExcluirBeijo, Juan!
visualisticamente cinemático. quase consigo adivinhar os planos de realização...
ResponderExcluirum abraço!
Um andarilho... sem amarras, sem fronteiras. Passado? Não lembra. Futuro? Inexiste. Para ele, só importa mesmo, o tempo presente...
ResponderExcluirSaudade de andar por aqui! Beijos, Deia.
A vida é
ResponderExcluirum relógio de pêndulo
...poeira na estrada, poeira na roupa, o sol queima a face enrugada e o vento quente aquece as lembranças, desejo de uma companhia feliz, uma garrafa cheia, cheia de vida.
ResponderExcluirSuper bem escrito e imaginativo. Eu vi toda a cena como em um filme.
ResponderExcluirPuro talento. Abraço
Mandei um e-mail ontem.
ResponderExcluirPreciso de uma foto e uma minibiografia sua.
Escolha entre a quarta ou a quinta.
Mande hoje por e-mail se puder, companheiro.
Sigamos.
Homem Hediondo n° 5
Neste realismo quase que extremo do andarilho, nós.
ResponderExcluirJuan, essas lembranças acomodadas nos bolsos deixarão mais pesados os passos?
ResponderExcluirtu escreves incrivelmente, a cena se passa quadro a quadro na minha frente, parece filme
um beijo pra ti
No asfalto do pensamento
ResponderExcluirnão há sinais dos meus sapatos
caminham por entre espinhos
que ladeiam os meus olhares
e provam um fio de sangue
que brota da fonte da vida.
O asfalto é um segredo
que segreda aos ouvidos da paisagem
esta solidão, este desconforto
que palmilho sem as palmilhas
da beleza que constroi a natureza
com os fios da água
que caiem dos meus olhos
quando no amanhecer dos caminhos
é a noite que os vem beber.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 14/07/2010
etpluribusepitaphius.blogspot.com
Juan, o Jorge Pimenta disse tudo: cinematográfico.
ResponderExcluirAssino embaixo.
A estrada é longa e o prazer é curto.
Abs.
Acho que mais que tudo, sou um andarilho.
ResponderExcluirAbraços!