Sentado e preso em meus próprios pensamentos, inalando o perfume da indecência
Eu rastejo até o boeiro mais próximo
e começo a vomitar
Driblando mitologias gregas e esmagando leis bíblicas
Mergulho em minhas próprias loucuras e rasgo minhas entranhas
Para servir vocês...
As plantações foram queimadas
e as rosas acorrentadas
Chamem os suícidas que Foucault citava
Que eu já puxei o gatilho
Flores gritam em minha solidariedade
Sinto sua chegada, mas já prevejo sua partida bela maldita
A música abaixou
Lou Reed se calou enquanto meu hálito transborda de medo
Traduzem nossas mentes
Piolhos cortados ao meio cambaleiam do lado de fora da porta
do banheiro
Um sujeito barbudo sentando em uma cadeira com um cordal umbilical
em volta dos dedos parece perceber que algo está errado...
Em seu caderno com capa de pele humana anota todos os nossos
pensamentos
Músicas surgem de um outro lugar...
Impossível de ser decifrado pelas minhas vistas
São 02:17 o suor escorre pelo meu rosto...sinto que estou me dividindo em milhões de pedaços
de átomos
A cama suja se acalma
Do meu lado uma linda mulher dorme aliviada
E com ela a passagem para a ressurreição escondida dentro de uma cartela...
Texto: Poema "Alucinações..." por Juan (Rafael) Moravagine Carneiro
Imagem: Cena do filme Pulp Fiction de Tarantino
Pouco direi. Contigo basta um li e gostei. Porque é mesmo assim. Não vou disfarçar com mariquices:)
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