Lambo o gosto vencido de sua boca fétida
banhada à bebida e cigarros baratos
Sinto minha língua deslizar pelos seus dentes podres
Seu corpo não depilado combina com sua maquiagem de dias
Dama da noite...
banhada à bebida e cigarros baratos
Sinto minha língua deslizar pelos seus dentes podres
Seu corpo não depilado combina com sua maquiagem de dias
Dama da noite...
Seu par de sapatos vermelho-Encontrados
Encontrados em uma alguma lixeira
de algum edifício no centro da cidade
Mantém você em pé e sua cabeça erguida
Dama da noite
Você não freqüenta casas "undergrounds" e não bebe coquetéis da moda?
Você freqüenta becos e ruas escuras?
Bares sujos?
E bebe aguardente com groselha?
Dama da noite, comoestava linda em sua calça de vinil preta banhada de sorrisos e abraços...
Se você soubesse que encostada neste balcão contando suas moedas
e notas amassadas
enfrentando certos olhares...
És ainda bela
E carrega em seu olhar um brilho que nenhuma "Chanel" pode comprar
Dama da noite “Surfando no Caos”...
que sozinha caminha com seu cigarro amassado na boca por ruas desconhecidas?
Vendo olhares em sua direção, passos, vozes...
Como diz Kerouac "SUAVE É O CHUVISCAR QUE PERTUBOU MINHA CALMA"
Poema: Juan (Rafael) Moravagine Carneiro
Ótimo poema da noite e suas damas, poesia da cidade. Bjs
ResponderExcluirDama da noite. Bom título :)
ResponderExcluirEssa dama da noite lembra bem as noitadas pela estrada fora da Sal Paradise e Dean Moriaty!!
ResponderExcluirBeijo!
Caro Juan.
ResponderExcluirBom te ler!!! Há sempre uma dama em nossa vida!!Há sempre uma noite... Há sempre um escritor para nos refazer!
Um bom abraço.
legal, man
ResponderExcluire com gran finale
abs
Algumas canções que tocaram em minha cabeça ao ler o poema:
ResponderExcluirLegião Urbana - A Tempestade
Cazuza - Só as mães são felizes
Lou Reed - Wild Child
Tenho uma jukebox na cabeça. E não precisa de moeda para fazê-la funcionar.
caríssimo,
ResponderExcluirquanto tempo!
abraços para você.
lindo e triste!!! uma realidade em confronto com com a noite selvagem e crua!
ResponderExcluirUma monalisa suburbana pintada na esquina, no calçadão, no buteco de quinta. Linda como a realidade. Para quem aprecia a realidade mesmo com feridas.
ResponderExcluirTeu poema é um retrato de muitas vidas.