Os jatos cruzam ao seu lado
e os foguetes saltam feitos sapos
A paz não é mais preciosa
A loucura circula como lírios em volta da lagoa...
Os artistas pintam suas cores
vermelhas, verdes e amarelas
Os poetas rimam sua solidão
Os músicos morrem de fome
Os escritores erram o alvo
Mas não os pelicanos, não as gaivotas
Os pelicanos mergulhas
Sobem, arrepeiados, quase mortos
Com peixes radiativos em seus bicos
O céu se acende de vermelho
As flores desabocham como sempre
mas cobertas de uma fina poeira de combústivel e cogumelos
Cogumelos envenenados
E em milhões de alcovas, os amantes se entrelaçam
Perdidos e doentes como a paz
Não podemos acordadar?
Temos de continuar, amigos
A morrer enquanto dormimos?
Texto: Charles Bukowski
Imagem: Fotos do escritor Charles Bukowski
Os poetas rimam sua solidão
ResponderExcluirOs músicos morrem de fome
Os escritores erram o alvo
SUPER animador.
Essa primeira foto do Bukowski não deixa dúvidas sobre sua autenticidade...rs
ResponderExcluirUm abraço!
Bukowski é pungente: eis tudo!
ResponderExcluirabraços,
Tania
Bukowski = palavra radiotiva.
ResponderExcluirFui contaminada.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluircomo dizia 'nem tente!; Bukowski é foda.
ResponderExcluirabraço
ns
algo sempre nos acorda.
ResponderExcluira porcaria do blogspot está ocultando os comentários :(
ResponderExcluirHá quem goste muito do poeta, pouco do homem, mas ele não seria o poeta se não fosse o homem, seria? Eu gosto muito dele.
ResponderExcluirBeijo Rafa.
PS.: O livro que a Lulu estava lendo na foto é o New Yorkers, escrito pelo O. Henry (William Sydney Porter) - uma coletânea de short stories. Os alunos lá da escola têm que ler pelo menos 1 livro de literatura em inglês todo ano, a Lu escolheu esse e fez um excelente trabalho.
=*
Que massa!Tu faz poemas..
ResponderExcluirEntão, tu deixastes um comentário mas não estou conseguindo abri-lo para ler sequer aceitar se puderes mande-me novamente.
Depois volto com calma ler seu blog ok
Agora tô vendo o jogo haushauhsa
Um Abraço e um beijo
Que maravilha! Quanta visão é necessário pra escrever algo assim? Excepcional como todo post!
ResponderExcluirAbraços!!
Mas ele permanece por lá, firme, forte, imbatível. Hoje mais audacioso, pelos homens com seu foguetes estarrecedores, derrubando as matas, pertubando a Paz e o sol ardente cada vez mais....
ResponderExcluirMuito reflexiva tuas letras
parabéns!
Bjs
Livinha
Pessoal não sei o que está se passando com o blog...talvez seus comentários estejam indo para a ilha do lost sei lá...rsrsr...!
ResponderExcluirabraço
Belo texto!
ResponderExcluirAdoro essas poesias cheias de realidade...
Bjs
Mila
"O sol
ResponderExcluirvive à sós
ao menos pelo dia
porque à noite
não estamos de vigília
e o sol se esguia
noite adentro
vida afora
insólita poesia"
(Palhaço e Rafoca)
os poetas rimam solidão
ResponderExcluire os musicos morrem de fome
me amarro no Bukowski
a estética da decepção e do caos está toda aqui, caro amigo. o seu lirismo parece tornar a morte mera brisa que agita as folhas das árvores...
ResponderExcluirum abraço!
Oi! Cada vez que venho aqui, sinto-me imersa em histórias, culturas e outro seres (rsrsrs) com os quais não tinha nenhuma intimidade. Obrigada! Um beijão, Deia
ResponderExcluirLindíssimo, Juan!
ResponderExcluirTexto e imagens espetaculares.
Grata pelo post tão interessante!
Um abraço.
Me dá uma deprê...
ResponderExcluirMas ainda assim é bom demais.
abç
Rossana
Oi Rafa! estou comentando aqui porque ainda não li seu novo post (está tarde para caramba!) e eu só gosto de colocar comentários quando eu LEIO o post (coisa de escritora blogueira!). Bom, esse comentário aqui é para agradecer o elogio no meu conto "Clara" e dizer que você pode imprimí-lo sim. Fica só a curiosidade: você irá mostrá-lo a alguém? rsrsrs. Beijos, meu amigo virtual, amanhã (descansada) eu volto para poder ler seu post novo como eu gosto: atenta!! Carinhosamente, Deia
ResponderExcluirpoetas são semi-deuses e o velho buk é um dos meus.
ResponderExcluirabs
O meu Velho Safado sempre tinha razão quando se referia á solidão e ao amor. Só ele, a sua maneira sabia os sentir de forma tão terna, crua, nua e verdadeira. Só ele!
ResponderExcluirbeijos,
Tâmara
eu queria ter vivido no tempo dele, queria muito ter conhecido o velho Buk.
ResponderExcluirbj