que promete melhor vegetação
Como esposa, a mulher é floração,
de onde o fruto da vida se alevanta...
Como mãe, a mulher é uma santa.
Como filha, a mulher é o mesmo amor.
Como irmã, a mulher tem o olor,
da angélica, do cravo e do jasmim.
Este mundo cercado é um jardim,
e a mulher dentro dele é uma flor."
(Homenagem à mulher presente no Dicionário Bio-Bibliográfico de Repentistas e Poetas de Bancada, de Átila Augusto e José Alvez, Ed. Universidade Federal da Paraíba)
"Quem passa pela vida em branca nuvem,
e em plácido repouso adormeceu,
quem não sentiu o frio da desgraça,
quem passsou pela vida e não sofreu.
Foi escpectro de homem, não foi homem.
Só passou pela vida, não viveu"
(Ilusões da vida de Franscisco Otaviano de Almeida Rosa)
"Eu cantando a galope, ninguém me humilha.
Tudo que existe no mar eu aproveito.
Na ilha, no cabo, península, estreito,
estreito, península, no cabo, na ilha,
em navio, em prosa, em bússola e milha!
Medindo a distância para viajar,
não quero da rota jamais me afastar,
porque me afastando o destino saí torto.
Confio em Deus avistar o meu porto,
cantando galope na beira do mar"
"A praia é uma virgem deitada na areia,
de olhos abertos, contemplando a lua.
Enquanto, na barca, a água flutua,
lá no firmamento, Diana passeia...
O sol, com ciúme, a praia incendeia,
com raiva da lua que não quis casar.
A lua queixosa começa a chorar...
Na cama do céu, coitada, desmaia!
Derramando cantos de prata na praia,
que coisa bonita na beira do mar!"
(O galope à beira-mar de dos violeiros Batista, Dimas e Otacílio)
Imagens: Xilogravuras na Literatura de Cordel.
Sabe, sou fascinada por literatura de cordel. Algumas das melhores conversas que já tive foram com cordelistas. Na verdade, ficava muda e ouvia atentamente as histórias contadas de forma rimada, metrificada... pareciam até ter as rédeas da vida nas mãos.
ResponderExcluirBeijo.
e a mulher... como mulher?
ResponderExcluirprovavelmente a síntese de todos os arquétipos enunciados.
um abraço, juan!
"Quem passa pela vida em branca nuvem,
ResponderExcluire em plácido repouso adormeceu,
quem não sentiu o frio da desgraça,
quem passsou pela vida e não sofreu.
Foi escpectro de homem, não foi homem.
Só passou pela vida, não viveu"
MUITO BOM!
Aliás, o trecho acima lembrou-me este aqui:
ResponderExcluir"Das várias formas possíveis de infelicidade, me parece mais aflitiva não é necessariamente a que mais dói. Muito mais trágico me parece o destino de quem atravessa a vida sem se molhar, como se os efeitos (felizes ou nefastos) escorressem sobre a pele como água sobre as plumas de um pato. Com seus altos e baixos, imagine nossa vida como uma breve passagem por um circuito de montanhas- russas. Quem atravessasse a experiência anestesiado, sem gritos, pavor e risos, teria jogado fora o dinheiro do bilhete. Tenho a ambição, ao contrário, de ajudar meus pacientes a viver de tal forma que, chegando o fim, eles possam dizer-se que a corrida foi boa".
(Cartas a um jovem terapeuta, Contardo Calligaris, p. 152)
(mais coragem do que qualidade, diga-se de passagem...)
ResponderExcluirCom esse post, você fica nos devendo um outro com o Patativa e o J. Borges, hein?
Um abraço meu querido!
Esses poetas populares ou cordelistas
ResponderExcluirfascinam pela perspicácia, porque boa parte não teve/tem estudo dito culto.
Parabéns pela homenagem.
É sempre salutar visitar um espaço democrático como o seu.
Juan, aquele abraço.
Agora me explica como pode ser tao abrangente o seu repertorio? Um beijo enorme, Deia
ResponderExcluiradorei
ResponderExcluirquem não está só de passagem no mundo não passa incólume.
ResponderExcluirEis-me aqui... De você espero sempre a versalidade, a diversidade, e sempre vem: adoro o cordel!
ResponderExcluirGrande abraço,
Tânia
Estes versos de Francisco Otaviano são irresistíveis; sempre estamos voltando a eles: simplesmente perfeitos.
ResponderExcluirLindos versos...realmente essa literatura me encanta, a forma como ele descreve a vida metaforicamente é perfeita.
ResponderExcluirBjs
Mila
passagens muito bonitas. O que acho mais interessante no repente, no cordel, nas poesias de rua e em tantas outras também é o processo de criação.
ResponderExcluirJá dira Castanha e Cajú: "feito na hora que nem caldo de cana!"
de repente, uma poesia^^.
abraço.
É uma das coisas no mundo que mais tenho admiração. Acho, que nem é pelo encanto da rima, mas, pela sabedoria da prosa solta, tão cheia de verdade e carisma. Isso, em tempo como os atuais, dito: " MUDERNO", ainda me deixa bebada de emoção e com lágrimas nos olhos.
ResponderExcluirUm beijo,
Tâmara
"De repente um repentista
ResponderExcluira rima de improvisar bem
sem querer um repentista
faz prosa com o pouco que tem"
Plebe Rude.
Ola! Respondendo seu comentário: "Que presente comprar? P/ mulheres.. "
ResponderExcluirQdo disse p mulheres,quis dizer que o post é para mulheres, ou seja, o que nós mulheres podemos comprar para os homens? rss.. Acho que me expressei mal né?! Não deixe de ler o texto que postei no blog do evento: www.temptationday.blogspot.com
Obrigada pela visita!
Bjos!
=)
Muito criativo =*
ResponderExcluirAh, o cordel! A simplicidade intrigante de quem sabe das coisas só de pisar no chão de terra.
ResponderExcluirMaravilha, Juan.
Obrigada pelo carinho, viu? Ainda ando meio ausente. O computador resolveu descansar um pouco. rsrs Mas sempre que tiver um tempinho venho te visitar.
Beijoca, querido
Uma vez fui em uma exposição de J. Borges, mestre na xilogravuras, fazedor de cordel, aquilo me encantaou demais, um trabalho impressionante, arte pura.
ResponderExcluirBeijooOs
Ah, cordel é demais né?
ResponderExcluirUma pena que tão pouco divulgado no sudeste.
Adorei o blog, muito bonito.
ah, essa literatura de cordel...brasileiríssima!
ResponderExcluirmaravilha esse post, juan
beijos pra ti
PORQUE SERÁ QUE OS POETAS ASSEMELHAM UMA MULHER A UMA FLOR...FRÁGIL...DELICADA? E PORQUE SERÁ QUE UMA MULHER SÓ PORQUE É MÃE É DIVINIZADA?
ResponderExcluirO GALOPE À BEIRA MAR ...O SOL E A PRAIA...HUMMM...DELICIOSO...TODO O POEMA!!!
BEIJO