quarta-feira, 23 de junho de 2010

O toque é insano!

Vozes surgem de dentro das paredes
Sopros marcam o silêncio
As tormentas se formam a partir de minhas lembranças
Cidades carregam seus filhos...

Abajures são jogados de janelas abertas
A blusa amarela, agora é vermelha e ninguém avisou o poeta russo
Lamparinas enterradas em quintais pequenos iluminam meus pesadelos
O cabelo caiu e o olhar agora é frio

Tambores chamam minha atenção
O toque é insano!

Texto: Poema de Juan Moravagine Carneiro
Imagem: Trabalho de Bansky

23 comentários:

  1. "Os tecidos devem escolher-se pelo toque. E pelo cheiro, digo eu. Como a pele. Nada demora tanto a esquecer como a pele".

    (A eternidade e o desejo, Inês Pedrosa, p. 59)

    ResponderExcluir
  2. [o mundo se eterniza na sua própria insanidade; ou já estaríamos no relicário da natureza]

    um imenso abraço, Juan

    Leonardo B.

    ResponderExcluir
  3. e neste toque de dispersão, consigo perceber que tudo se passa fora de mim. olho para dentro e... quero recomeçar de novo. da próxima vez, serão as minhas mãos a fazer rufar o tambor.
    um abraço!

    ResponderExcluir
  4. Melhor talvez seja dançar conforme a música. Antes insano que pré-concebido. ;)

    Beijocagiga Juan!

    ResponderExcluir
  5. "Lamparinas enterradas em quintais pequenos iluminam meus pesadelos..."...gostei da imagem! E que todos os toques sejam insanos, para que nada antecipen, nada reproduzam, e que reinventem o mundo!
    abraços,
    Tânia

    ResponderExcluir
  6. Olá caro autor, expressivo texto de significado existencial intenso... Sua escrita
    prende quem te lê... Um abraço.

    ResponderExcluir
  7. Tocou, sim, lá fundo.

    Demais, poeta!

    Abraço.

    ResponderExcluir
  8. O que queria o Poeta Juan dizer com o seu toque insano? que toque esse de tambores e de mãos que o deixarão tão perplexado com o mundo com a vida?

    ResponderExcluir
  9. Adoro essa palavra: Insanidade.Nem sempre seu inverso é de grande serventia.
    Beijo.

    ResponderExcluir
  10. Olho o espelho da insanidade
    consulto a agressividade
    e descubro em toda cidade
    o olho da realidade
    enguiçando o trânsito da faculdade
    de ser uma verdade
    onde há a mentira da caducidade.
    Jorge Manuel Brasil Mesquita
    Lisboa, 24/06/2010
    etpluribusepitaphius.blogspot.com

    ResponderExcluir
  11. Parece alguém que volta à cena de um crime.
    Tá procurando o que nesse lugar?
    O que passou, passou, e se mexer vai atrapalhar o trabalho dos peritos.

    : )

    Um beijo, Juan.

    ResponderExcluir
  12. Você esqueceu de dizer que o belo é frescor com brisa de verão. Aqui é assim em qualquer estação.

    BeijooO*

    ResponderExcluir
  13. O tempo é essencialmente magistral. Percorre meu corpo em insana euforia! Abs meu caro mestre.

    ResponderExcluir
  14. Caríssimo Juan.
    Impressiono-me com tua intensidade e mergulho!
    Um enorme abraço!

    ResponderExcluir
  15. Perfeito!!! Perfeito!

    adoooro estar aqui, ler-te! É uma sensaçao indescritivel.

    beejos!

    ResponderExcluir
  16. O toque ainda que insano é prazeiroso. E ele, o toque, eu me rendo. Adoro me render.

    Beijos
    @intimidade

    ResponderExcluir

- Chegue diante do quadro sem intenção preconcebida de sarcasmo.

- Olhe para a pintura do mesmo modo como olharia para uma pedra talhada. Aprecie as facetas, a originalidade da formam, a luta com a luz, a disposição da linha e das cores [...]

- Escolher um detalhe que seja a chave do conjunto, fixá-lo por um bom tempo, e o modelo surgirá.

- Nessa última comparação, deixar-se levar até as regiões da mais requintada Alusão.

Max Jacob


Que os vasos se comuniquem!

Related Posts with Thumbnails