A fumaça rasteja pela manha adormecida
O sopro vomita a boca do infinito
A garganta presa se deita no leito dos miseráveis.
A música balança os pensamentos castrados pela infância
Os olhares permanecem distantes
As vozes se confundem nas batidas de lembranças imperfeitas
As lagrimas banham a realidade...
As buscas terminam ao lado de mais um coração despedaçado
As pernas cruzadas não mais querem a realidade
Pois o descaso e a insegurança castraram uma possível masturbação matinal.
Mais uma rolha escorre pelo chão molhado pelas lagrimas de uma virgem estuprada pela indiferença dos desconhecidos do tempo
Sento em uma cadeira qualquer e observo que o mundo, que as pessoas não mais se deparam com o desconhecido.
O sol rasteja ao meu lado enquanto lambo a boca gasta de um cotidiano podre, alimentado pelo calor vencido.
Buscando novas respostas e caminhando em novos rumos, raspei o fundo deste mesmo sol e com seu resto reescrevi minha história, recheada de lagrimas alheia.
Meu hálito tem o cheiro de um mar inquieto.
Meu sopro vem de longe, vem do meio do deserto de concreto camuflado dentro de um corpo ausente
Texto: Poema de Juan Moravagine Carneiro
Imagem: Trabalho de uns dos artistas da atualidade que mais curto, BANSKY
Melhor do que se fez escrita só mesmo se fosse declamada!
ResponderExcluirMeu amigo querido!!
ResponderExcluirO que tens feito que não apareces mais???
Sinto imensa saudade!!
"andas e retornas, já vem a noite"
Um carinho mais que hediondo!
Mell
Buscam sempre pode (re) começar.
ResponderExcluirTudo tão perfeito aqui Juan.
ResponderExcluirEstava com saudade!!!
Super abraço meu!
Hálito com cheiro de mar inquieto... Bela imagem poética assim como tantas outras que o texto traz. Bonito, forte, reflexivo, de cunho existencialista e um pouco surrealista. Grande abraço.
ResponderExcluirÚrsula
[na noite, as ausências são um mero lapso de luz; a mão, afirma-se no claro escuro que conduz]
ResponderExcluirum imenso abraço, Juan
Leonardo B.
Ah, que beleza ler algo teu novamente!
ResponderExcluirimagens com a força de locomotivas engolindo corpos que se avespinham sobre os trilhos, numa orgia sanguínea... é assim a tua poesia, juan. forte, virial, negra... e profundamente perturbadora.
ResponderExcluirum abraço!
Oi Rafa! Bom passar por aqui e respirar novos ares. Um beijo, boa semana, moco! Deia
ResponderExcluirJuan, estou digerindo o seu poema aos poucos em virtude de sua complexidade.
ResponderExcluirConfesso que aprecio esse estilo surreal.
Que venham outros "buscando novas respostas e caminhando em novos rumos".
Ótimo.
Abração.
Vc nos leva de uma jeito forte, direto, e ao mesmo tempo, devaneador.
ResponderExcluirBeijo.
Sua escrita é única! Gostei muito!
ResponderExcluirbj
Juan, caríssimo.
ResponderExcluirMantendo o crédito da amostra, para mim e uma honra!
Estou curioso com tua escolha: imagem e palavras; que encrenca boa!
Olá Juan!
ResponderExcluirAdorei sua poesia.
=)
abç
Não há nada que canse o leito das estrelas.
ResponderExcluirA ficção da vida é uma estrela cadente no olhar distante da noite. Somos brilhos incessantes nas névoas do perfume.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 26/07/2010
etpluribusepitaphius.blogspot.com
Rafael sobre o nosso poema, vamos lá! Estou sem msn, pois devido o TCC travou alguns programas no meu pc, portanto, estou por enquanto só no gmail, ainda bem que lá tem bate-papo. Repasso: pco.taveira@gmail.com
ResponderExcluirVoltarei sexta para comentar o poema, e o outro que falaste.
Abraços.
Priscila Cáliga
Muito belo, adorei a sensibilidade.
ResponderExcluirForte, complexo. Enfim, o que a vida faz com todos nós em algum momento, "as lágrimas banham a realidade".
ResponderExcluirJuan: maravilhoso e cheio de reentrâncias!
ResponderExcluirAbraços,
Tânia
Juan, vertiginoso e arrebatador!
ResponderExcluirGuri, estou decobrindo que tu não tens fundo...ainda bem!
beijos
Levitei!
ResponderExcluirBeijos !
"O sol rasteja ao meu lado enquanto lambo a boca gasta de um cotidiano podre, alimentado pelo calor vencido"
ResponderExcluirEssa imagem é fortíssima, Juan. E muitas e muitas vezes me sinto exatamente assim. E dói, como dói...
Beijo grande, querido
gotas de fel não seriam mais apropriadas meu velho...
ResponderExcluirum abraço!
Precisamos que o mar esteja permanentemente inquieto...
ResponderExcluirAbraço
Estou sempre aqui te lendo... Havia comentado este texto... Não sei pq não aparece...
ResponderExcluirAbraço!
Imagens de tirar o fôlego. - Vendaval!
ResponderExcluirPeço desculpas pela ausência. Na medida do possível, vou aparecendo.
Abraços, meu caro e obrigada pelas visitas ao Nudez Poética.
Rafael eu fico deleitado com o Bansky e contigo, a sua comtêporaniedade poética ilustra a arte contemporânea do artista e virce-versa
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