terça-feira, 27 de abril de 2010

Fragmentos de Pagu

"Estou nua
E não posso despir-me
Nem dos seios, nem dos olhos, nem
do sexo, nem dos ossos.
Estou nua
E preciso despir-me
Como entregar-me vestida, a você, meu amor?...

"O tempo mais feliz de minha vida, em que eu tinha fé; os erros, os desentendimentos, o abrigo, a aventura, tudo aquilo que se foi, quando havia um ideal para se empunhar uma bandeira...É a vida que flui, a arte que permanece, e entre o que passa e o que fica os homens traçam a sua grandeza e a sua dignidade. Falar desses personagens é evocar, nessa paisagem, num tempo intensamente vivido, a esperança, a bondade, o amor, o esforço generoso que nunca buscou recompensa. São coisas pelas quais ainda valem a pena ter vivido"

Patrícia Galvão (Pagu)

13 comentários:

  1. "O tempo mais feliz da minha vida"... aquele em que, quando me desnude, caia, com a roupa, também o fígado. Talvez assim o açúcar passe a correr nas veias...
    Um abraço, Juan!

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  2. Belíssimo. É maravilhoso que existam leitores como você, que conhecem tanta coisa boa e que estejam dispostos a dividir tudo isso com os outros.

    Beijoca!

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  3. Pelo que vale a pena viver.

    Gosto desta moça.

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  4. "Como entregar-me vestida, a você, meu amor?..."
    Já tive essa dúvida.
    Mas os tecidos já se rasgaram...

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  5. A rainha do seu tanque! Lindo post!

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  6. oi moço, obrigada por visitar o Letreira. apareça sempre!

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  7. Te lembra Clube da Luta em que sentido?

    Ainda vou explorar teu blogue com mais cautela.

    Beijo

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  8. obrigada pela partilha. é das qualidades que mais aprecio.adorei o texto. sim para nos darmos precisamos de nos despir de tudo e só deixar a essência.

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  9. nosssaaa isso veio bem a calhar pra mim hoje.

    obrigada pelo acaso!

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  10. essa carne de cultura é grossa
    nasci trespassado de cultura

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  11. Entregue-se despida de medo...completamente intensa!

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  12. A indagação é de uma beleza ímpar.
    Pagu marcou.

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- Chegue diante do quadro sem intenção preconcebida de sarcasmo.

- Olhe para a pintura do mesmo modo como olharia para uma pedra talhada. Aprecie as facetas, a originalidade da formam, a luta com a luz, a disposição da linha e das cores [...]

- Escolher um detalhe que seja a chave do conjunto, fixá-lo por um bom tempo, e o modelo surgirá.

- Nessa última comparação, deixar-se levar até as regiões da mais requintada Alusão.

Max Jacob


Que os vasos se comuniquem!

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